Cláudio Castro repete as desastrosas megaoperações policiais

As megaoperações nunca deram certo, por objetivarem apenas o extermínio nas invasões de favelas, além de apresentarem poucos resultados nas intervenções federais. Com a implantação das UPPs, esperava-se avanços no processo de pacificação das comunidades, o que não aconteceu.

Mais uma vez, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, neste caso o governador Cláudio Castro, realiza uma megaoperação no Complexo do Alemão, com um saldo de mais de 100 mortes, entre elas quatro policiais. O discurso não muda: é sempre o mesmo — sufocar o tráfico e seus comandos. Que comandos? E o oportunismo político de tentar convencer ou mudar a péssima imagem de seu governo?

Como sempre, essas operações, que se repetem a cada governo nos últimos anos, terminam no mesmo dia da matança. Depois, não há nenhum trabalho sério, seja na área policial, seja na área social, nas comunidades arrasadas. E os traficantes reassumem seus comandos, com novos jovens aliciados na região.

O que se percebe — e está muito evidente — é que essas operações são apenas ações espetaculosas, criadas para gerar uma aparência de marketing positivo para o governo. No caso de Cláudio Castro, trata-se de uma administração caótica e falida, sem qualquer projeto de governo e sem política efetiva na área de segurança, inclusive deixando de utilizar R$ 174 milhões do Fundo Nacional de Segurança.

E o mais grave: Cláudio Castro foi contra a PEC da Segurança, que integraria as forças federais, estaduais e municipais no combate às milícias e facções.

A política de extermínio nunca deu certo, pois provoca o caos, a insegurança, o medo e o desespero nas comunidades e em toda a cidade, com resultado zero no combate às drogas.

Neste sentido, qual é o plano de Castro para combater os financiadores de armas e drogas? É natural, cômodo, invadir favelas, impor o terror e colocar em risco toda a comunidade, enquanto os poderosos chefes do tráfico e milicianos continuam em suas mansões, lavando dinheiro, importando armas e drogas.

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