Na manhã desta segunda-feira, houve um confronto violento na Avenida Brasil. Motoristas e passageiros ficaram no meio do fogo cruzado entre policiais e traficantes. A via expressa, que conecta as zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro ao Centro, ficou fechada por cerca de 20 minutos. Este episódio fez parte de uma operação policial no Complexo da Maré, focando na prisão de traficantes procurados. O que aconteceu a seguir causou pânico e deixou feridos. Este artigo traz detalhes sobre os eventos que ocorreram naquela manhã tumultuada.
A Avenida Brasil, que conecta as zonas Norte e Oeste ao Centro do Rio, ficou fechada por cerca de 20 minutos devido ao confronto. O tiroteio ocorreu na altura da Fiocruz, em Bonsucesso, e as imagens capturadas mostram motoristas e passageiros em busca de abrigo. Famílias, incluindo crianças, abandonaram seus veículos em pânico e se esconderam atrás da mureta de proteção da via expressa.
A Intervenção Policial
Essa troca de tiros foi resultado de uma operação policial no Complexo da Maré, onde traficantes tentavam escapar. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) estavam em ação para capturar criminosos procurados, como Rodrigo da Silva Caetano, conhecido como Motoboy, e Jorge Luís Moura Barbosa, o Alvarenga.
Essa operação faz parte da Operação Torniquete, uma iniciativa que visa combater o roubo de cargas e veículos na região. Para apoiar a ação, um helicóptero e cinco veículos blindados foram mobilizados.
O Conflito se Intensifica
De acordo com informações apuradas, o confronto teve início após a prisão de Vinicius Pessoa Pedroni, conhecido como Guiça, de 34 anos. Ele estava acompanhado por dois seguranças, e a situação rapidamente se tornou caótica. Durante a troca de tiros, os guarda-costas de Guiça foram mortos, enquanto ele foi detido e levado para a 21ª DP (Bonsucesso).
A prisão de Guiça provocou reações de algumas pessoas que tentaram bloquear a Avenida Brasil, mas foram rapidamente impedidas. Nesse momento, a situação se agravou, resultando em um intenso confronto entre policiais e criminosos.
O Desespero dos Civis
As imagens de um repórter cinematográfico da TV Globo, Betinho Casas Novas, mostraram o desespero de uma família que, ao ouvir os tiros, saiu rapidamente de dentro de um carro e se escondeu atrás de uma mureta, entre a pista central e a lateral da Avenida Brasil. Enquanto isso, os disparos continuavam ao redor, criando um cenário de medo e incerteza.
Os passageiros de um ônibus próximo também se amontoaram para evitar serem atingidos por balas perdidas. Até às 9h20, dois homens foram registrados como feridos, e seis pessoas foram presas. Entre as apreensões, estavam três fuzis, duas pistolas, uma granada, 16 carregadores de fuzil, drogas, munição e dezenas de veículos.
A Prisão de Outros Criminosos
Um dos indivíduos detidos foi Luiz Mário dos Santos Júnior, conhecido como Mário Macaco, do Comando Vermelho (CV). Ele foi capturado em sua residência, onde foram encontrados munições e uma granada. A operação teve um impacto significativo na segurança da área e nas atividades cotidianas dos moradores.
Impacto nas Escolas e Serviços de Saúde
Devido à operação, duas escolas estaduais foram forçadas a fechar suas portas. A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que 42 unidades escolares no Complexo da Maré foram afetadas pelas operações em andamento. Isso demonstra como a violência impacta não apenas os envolvidos diretamente, mas toda a comunidade.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também anunciou a suspensão de atividades externas na Clínica da Família Diniz Batista dos Santos, como visitas domiciliares. Outras clínicas, como Augusto Boal, Adib Jatene e Jeremias Moraes da Silva, interromperam o funcionamento na manhã deste dia.
