O dólar à vista registrou um novo patamar histórico nesta segunda-feira (16), encerrando o dia com alta de 0,99%, cotado a R$ 6,0942. Mesmo após intervenções expressivas do Banco Central, a moeda norte-americana manteve a tendência de valorização, refletindo as preocupações com a condução das contas públicas no Brasil.
Intervenções do Banco Central não freiam alta
Para tentar conter a escalada do dólar, o Banco Central realizou duas operações no câmbio. A primeira, um leilão de linha com compromisso de recompra, disponibilizou US$ 3 bilhões ao mercado. A segunda, um leilão à vista sem compromisso de recompra, injetou US$ 1,6275 bilhão, o maior volume de intervenção desde 2020, no auge da pandemia.
Apesar dos esforços, as medidas não foram suficientes para segurar a alta da moeda americana, que continua pressionada por fatores internos e externos.
Tendências para o mercado cambial
Analistas do setor financeiro alertam que o movimento de alta pode persistir, especialmente se não houver medidas efetivas para dissipar as preocupações fiscais e aumentar a confiança no mercado brasileiro. Além disso, a proximidade do recesso de fim de ano tende a acentuar a volatilidade devido à menor liquidez no mercado de câmbio.
O Banco Central deve continuar monitorando o cenário para definir novas intervenções, caso necessárias, na tentativa de minimizar a oscilação cambial e garantir estabilidade no mercado financeiro.
Resumo do dia:
- Cotação do dólar: R$ 6,0942 (alta de 0,99%).
- Volume injetado pelo BC: US$ 3 bilhões (leilão de linha) + US$ 1,6275 bilhão (leilão à vista).
- Contexto: Preocupações fiscais e menor liquidez no mercado global.