Durante o esquema de segurança para a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, um incidente envolvendo disparos perto da favela Cidade de Deus chamou atenção. Segundo o general Lucio Alves de Souza, chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Leste (CML), foi o único episódio relevante registrado no período.
Tiros perto de tropa militar
O fato ocorreu no último domingo (17), na Linha Amarela, via que conecta as zonas norte e oeste da cidade. Uma tropa militar, que parou para prestar socorro a um veículo no acostamento, foi surpreendida por tiros nas proximidades.
“O disparo ocorreu em uma área de segurança pública sensível, mas não sabemos se foi diretamente contra a tropa”, afirmou o general Souza. Nenhum militar ficou ferido, e o reforço da Polícia Militar foi rapidamente acionado para o local, demonstrando a integração entre as forças de segurança.
Nota máxima para a Operação Corcovado
A operação, batizada de Corcovado em referência ao Cristo Redentor, mobilizou 22,3 mil militares das Forças Armadas. O general avaliou a segurança como “nota dez” e destacou que o principal objetivo de proteger os chefes de Estado e delegações estrangeiras foi cumprido com sucesso.
Preparação contra terrorismo
O plano de segurança já previa ações antiterroristas antes mesmo do atentado em Brasília no dia 13 de novembro. Foram realizadas varreduras contra explosivos e materiais perigosos, além de treinamentos em hotéis e transportes públicos para conscientizar funcionários sobre possíveis ameaças.
“Essas medidas foram replicadas de eventos como as Olimpíadas de 2016 e a Copa do Mundo de 2014”, explicou o general.
Forças Armadas no G20: números e impacto
A operação contou com uma ampla estrutura, incluindo:
- 32 veículos blindados, 18 lanchas, 5 navios e 7 helicópteros.
- Proteção de 27 locais de hospedagem, vias terrestres e áreas críticas.
- 388 escoltas realizadas, totalizando mais de 5 mil quilômetros percorridos.
O fechamento do Aeroporto Santos Dumont, localizado próximo ao Museu de Arte Moderna (MAM), foi elogiado pelo general, que destacou sua importância para evitar riscos e reduzir o fluxo de pessoas na área.
Integração entre forças e participação da população
O general destacou como legado da operação a integração entre as Forças Armadas, Polícia Federal e polícias estaduais, consolidando uma relação de confiança entre as instituições. Ele também elogiou o comportamento da população carioca, que colaborou para o sucesso do evento.
“O carioca mostrou mais uma vez que está pronto para receber grandes eventos, reforçando a imagem do Rio de Janeiro como palco ideal para encontros internacionais desse porte”, finalizou o general.
Resultado final
A cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, foi considerada um sucesso estratégico e operacional, com segurança robusta e sem registros de incidentes graves. O desempenho reafirma a capacidade do Brasil em sediar eventos globais com alto nível de complexidade logística e de segurança.
