No início da noite de segunda-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, acreditando que passaria apenas por mais um exame antes de retornar ao Palácio da Alvorada. Apesar de sentir dor de cabeça ao longo do dia, Lula estava sorridente ao cumprimentar a equipe médica. No entanto, a situação mudou quando veio o diagnóstico: seria necessário um procedimento de urgência para drenar um hematoma na cabeça.
A notícia pegou o presidente de surpresa. Segundo pessoas presentes, Lula demonstrou chateação, mas compreendeu que a cirurgia era imprescindível. Janja, esposa do presidente, retornou ao Alvorada para arrumar as malas, enquanto Lula aguardava no hospital. Nesse intervalo, o avião presidencial foi preparado para levá-los a São Paulo, onde o petista passou pelo procedimento no Hospital Sírio-Libanês da capital paulista.
O diagnóstico veio em um momento delicado: o governo federal dedica esforços para aprovar o pacote fiscal de corte de gastos do Ministério da Fazenda, antes do encerramento do ano legislativo. Auxiliares do presidente afirmam que o resultado foi um banho de água fria, já que Lula apresentava melhoras em todos os exames após a queda sofrida no banheiro, em outubro.
Pós-operatório
De acordo com o médico do presidente, Roberto Kalil, os orifícios feitos no crânio de Lula são pequenos e terão cicatrização espontânea, sem necessidade de intervenção futura. Ainda segundo a equipe médica, a cirurgia durou aproximadamente duas horas e Lula não tem nenhuma lesão cerebral, com as funções neurológicas preservadas. O hematoma que foi drenado não causará sequelas, porém, o presidente ficará em observação na UTI pelas próximas 48 horas.