Ex-satanista é canonizado pelo Papa

Em uma cerimônia realizada no dia 19 de outubro, o Papa Leão XIV proclamou sete novos santos da Igreja Católica. Entre os nomes anunciados, chamou atenção a canonização de Bartolo Longo, advogado italiano que, antes de se converter ao catolicismo, foi adepto de práticas ocultistas e chegou a liderar rituais satânicos.

Nascido em 1841, na cidade de Latiano, na região de Puglia, Longo cresceu em uma família rica e católica. Após a morte do pai e o novo casamento da mãe, mudou-se para Nápoles para estudar Direito. Na época, a Itália vivia um período de forte tensão social e política, marcado por sentimentos anticatólicos e pela ascensão do ocultismo como forma de oposição à Igreja.

Foi nesse contexto que Longo se afastou da fé e mergulhou no satanismo, liderando rituais por mais de um ano. Após uma crise pessoal, buscou ajuda de um amigo e reencontrou o catolicismo, dedicando o restante da vida à religião.

Convertido, tornou-se um fervoroso defensor do Rosário e passou a atuar em atividades religiosas e sociais em Pompeia, ao lado da condessa Marianna Farnararo De Fusco. Juntos, restauraram o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e desenvolveram ações voltadas para órfãos e pessoas em situação de vulnerabilidade.

Segundo o postulador Carlo Calloni, o destaque da canonização de Longo está no fato de ele ser um leigo, e não um sacerdote ou religioso. Bartolo Longo faleceu em 1926, aos 85 anos, já considerado por muitos como um santo padroeiro. Foi beatificado por João Paulo II nos anos 1980 e, agora, canonizado por Leão XIV.

Além de Longo, foram proclamados santos: o arcebispo armênio Inácio Maloyan, executado em 1915 por se recusar a renunciar à fé católica durante o domínio do Império Otomano; Pedro To Rot; Vincenza Maria Poloni; Carmen Rendíles Martínez; Maria Troncatti; e José Gregorio Hernández.

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