O Kremlin anunciou, nesta terça-feira (6), que 29 líderes estrangeiros, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo chinês, Xi Jinping, estarão em Moscou na sexta-feira (9) para o Desfile da Vitória contra os nazistas.
O desfile que comemora o 80º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazista gera expectativas, pois é visto como uma oportunidade para o governo russo reunir apoio para sua ofensiva na Ucrânia.
“Esperamos a presença de 29 líderes estrangeiros no Desfile da Vitória”, disse Yuri Ushakov, assessor diplomático do presidente Vladimir Putin, aos repórteres.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, chegou a Moscou nesta terça-feira após uma visita inicial a São Petersburgo, informaram a mídia cubana e a agência de notícias russa Sputnik.
Os presidentes chinês e brasileiro, Xi Jinping e Lula, ouvirão o discurso de Putin na quinta-feira na Praça Vermelha.
Moscou também anunciou a presença dos líderes da Indonésia, Burkina Faso, Bósnia, Vietnã, Egito, Zimbábue, Iraque, Congo, Mianmar, Etiópia e Guiné Equatorial, que se juntarão aos aliados tradicionais da Rússia na Ásia Central, entre outros.
Também é esperada a presença do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, que desafia a posição da UE; do chefe de Estado sérvio, Aleksandar Vucic, e do presidente dos sérvios da Bósnia, Milorad Dodik.
“Formações de 13 países desfilarão”, incluindo tropas da China, Egito, Vietnã, Mianmar e várias ex-repúblicas soviéticas, acrescentou Ushakov.
Kiev alertou tropas de terceiros países nesta terça-feira para não marcharem ao lado de soldados russos na Praça Vermelha, dizendo que isso equivaleria a “compartilhar a responsabilidade” pelas ações de Moscou na Ucrânia.
