Bacelar critica projeto que altera o número de deputados

Para Bacelar, a redistribuição avança de forma apressada e sem diálogo com a sociedade.

O deputado federal Bacelar (PV-BA) manifestou-se contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 148/2023, que propõe a redistribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados com base nos dados do Censo Demográfico de 2022. A mudança reduziria de 39 para 37 o número de deputados representando a Bahia, impactando também estados como Amazonas, Alagoas, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Impacto da redistribuição

De acordo com o PLP, os estados que ganhariam cadeiras no Congresso Nacional são:

  • Amazonas (+2),
  • Ceará (+1),
  • Goiás (+1),
  • Minas Gerais (+1),
  • Mato Grosso (+1),
  • Pará (+4),
  • Santa Catarina (+4).

Por outro lado, os estados que perderiam representantes incluem:

  • Alagoas (-1),
  • Bahia (-2),
  • Paraíba (-2),
  • Pernambuco (-1),
  • Piauí (-2),
  • Rio de Janeiro (-4),
  • Rio Grande do Sul (-2).

Críticas ao Censo 2022

Bacelar destacou problemas graves no Censo Demográfico de 2022, que apresentou uma taxa de erro líquido de 8,3%, resultado de omissões (12,2%) e inclusões indevidas (3,3%). “O Censo, que deveria ser a base para decisões precisas, revelou desafios estruturais na coleta de dados em regiões estratégicas. Isso compromete não apenas a redistribuição das cadeiras legislativas, mas também a alocação de recursos essenciais para estados e municípios”, afirmou o parlamentar.

Proposta precipitada

Para Bacelar, a redistribuição avança de forma apressada e sem diálogo com a sociedade. Ele defende que decisões de tamanha relevância precisam ser embasadas em dados confiáveis e análises aprofundadas. O deputado propõe a criação de um Grupo de Trabalho ou Estudo Técnico, envolvendo:

  • Especialistas do IBGE,
  • Profissionais em demografia,
  • Representantes do Legislativo.

O objetivo seria avaliar as consequências políticas e financeiras antes de implementar alterações tão significativas.

Necessidade de debate

Bacelar reforçou a importância de uma discussão ampla para evitar injustiças e prejuízos aos estados afetados. “Medidas dessa magnitude precisam de fundamentação sólida, e o cenário atual não oferece segurança para mudanças estruturais tão amplas. Estamos lidando com a representação política e com os recursos que impactam diretamente a vida dos brasileiros”, concluiu o deputado.

O debate em torno do PLP 148/2023 promete acirrar os ânimos entre os estados que ganhariam e perderiam representatividade, além de levantar questionamentos sobre a qualidade e confiabilidade dos dados utilizados para decisões estratégicas.

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